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set 29, 2011

Corte da cana para ensilagem: durante a seca é o melhor momento

set 29, 2011

“A cana de açúcar destinada à ensilagem para alimentação bovina, deve ser cortada quando estiver madura, no período da seca, momento em que terá maior teor de açúcares (40 a 50% – base matéria seca)”. A recomendação é do diretor técnico da Katec Lallemand, Carlos Poppi, que destaca, dentre as gramíneas forrageiras, a cana, como a que proporciona “a mais alta produção de matéria seca (MS) por hectare e maior capacidade de manutenção do potencial energético durante o período seco”.

A cana de açúcar vem sendo largamente utilizada por criadores como volumoso durante a seca, já que a cultura apresenta sua maturidade durante o período mais crítico para alimentação do gado. Entre os principais fatores que têm motivado a utilização da cana para ensilagem, Poppi cita os que estão relacionados “ao baixo custo do volumoso para ser utilizado durante todo o ano, à melhoria do manejo do gado dentro da propriedade e por fim ao próprio manejo do canavial que passa a ter uma produtividade muito maior”.

Poppi dá um exemplo da relação custo/benefício com a utilização da cana ensilada na alimentação bovina: “a tonelada de matéria seca em uma cultura de cana de açúcar com corte manual fica em torno de 30% mais barato que uma tonelada de matéria seca de milho ensilada Se considerarmos a colheita com corte mecanizado, a tonelada de matéria seca de cana cai para quase a metade do preço em relação à tonelada do milho. Alguns estudos demonstraram também que o custo do litro de leite produzido em sistemas que utilizaram silagem de cana como volumoso foi o menor dentre os sistemas avaliados, de cana fresca e silagem de milho”.

A Katec Lallemand mantém no mercado brasileiro os produtos Lalsil Cana e BioMax Cana, inoculantes naturais destinados exclusivamente à ensilagem de cana de açúcar. O Lalsil Cana foi desenvolvido a partir de resultados de pesquisas desenvolvidas em conjunto com a ESALQ/USP. O técnico explica que esse produto é composto pela bactéria Lactobacillus buchneri, um microrganismo heterolático que contribui para “diminuir a produção de álcool e as perdas de matéria seca, melhorar a estabilidade aeróbica da silagem e otimizar as performances zootécnicas. Além disso, mantém as características da cana em seu melhor momento nutricional, sem que seja preciso cortá-la todos os dias”. Outro aspecto importante apontado pelo técnico é que o produto “foi aprovado para agricultura orgânica, não é tóxico nem corrosivo, podendo ser manuseado com muita segurança para o animal e o aplicador”.

Poppi acrescenta que “o outro produto produzido pela empresa para cana de açúcar, o BioMax Cana, é composto também por uma bactéria heterofermentativa, a Propionibacterium acidipropionici, que possui a propriedade de produzir os ácidos propiônico e acético, responsáveis pela proteção do material ensilado contra o ataque de fungos após a abertura do silo, além de serem ácidos orgânicos, aproveitados nutricionalmente pelos ruminantes”. O técnico da Katec Lallemand conclui ressaltando que “esses produtos para silagem de cana possuem o diferencial de não conterem em sua formulação a bactéria Lactobacillus plantarum, muito utilizada em outros inoculantes, mas inapropriada para a cana de açúcar por promover excessiva produção de álcool e, consequentemente, maiores perdas de matéria seca”.